Soltar o ar
É como soltar o ar, limpando de
dentro para fora, sereno e continuando a caminhar. Quantas dores de barriga e
sofrimentos até chegar a esse entendimento. Esta claro, até mesmo meus
pensamentos mais sombrios ligados a minha existência se foram. O transtorno me
fortaleceu, colocando minha atenção no foco do que tenho de mais verdadeiro e
meu. As preocupações dessa rotina já não afetam mais os espaços que ocupo, e
aquela linha tênue me mantém na escolha. A linha que me faz escolher estar vivo
e saudável. Sei escolher o melhor e o que é meu. Tantas mortes e fronteiras,
lutas. Serenei em um movimento constante, algo que se alimenta do próprio
movimento. Quanto tempo tenho. Esse agora é o que serve e basta. O futuro não
existe, o passado sim, e nos ensina, pois é terra e tudo que esta enterrado,
até mesmo no coração, são o divino que aduba e faz brotar. A ansiedade de um
futuro virou um aprendizado do passado, algo que me faz mais presente em mim.
Fortalecido canto e recito poesias de gente que semeia, como as doces melodias
que transpiram do meu violão. A compulsão criativa é se dividir, hora criando e
hora homenageando os semeadores. Somos aqueles, somos nós em um circulo de
fluxo constante, sem direção, ocupando os espaços permitidos. Contempla o belo,
que é certo, esta em tudo.
As
superfícies são impermeáveis, polidas, brilhando constantemente. Estão por toda
parte,ocupando espaço e tempo. Não tenha medo mergulhe e aceite a compulsão
criativa, não ficara louco. As palmeiras de Inhotim suavizam o bombardeio
sensorial, a culpa não é de ninguém, apenas não fomos preparados para tanto.
Mortes e fronteiras, realidades estabelecidas e homenageadas pelos artistas.
Ressuscitei no terceiro dia, como as palmeiras serenas, refletindo sobre a
morte e a fronteira que me torna uma palmeira tal como sou.
O muro
vai deixar de existir, assim como a morte. Vamos viver em um único estado
democrático, o fluxo, onde os compartilhamentos serão a base dessa nova
estrutura sem corpo.
Reflexão: gabriel rufo
O medo se foi
A tempestade se tornou parte de minha limpeza interior, é
como expirar o ar.
E o futuro acompanhou o medo de mãos dadas, no caminho da
ilusão. Será a plenitude do presente a pulsação do meu coração, e sob meus pés
à terra molhada, sigo desenhando com gravetos, como quem ganha grandes
riquezas.
Reflexão: gabriel rufo
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