A poça
A poça é o indivíduo. Água parada sem ligação com o todo. E olha! que tem água em tudo, mas a poça se acha única com seus girinos a nadar. O mar somos todos nós, uma só água em um grande abraço.
Reflexão: gabriel rufo
foto: azulejos em Prados, MG
23 de outubro de 2014
77, o número
A vida é uma escuridão, não tem muita lógica no desenrolar dos acontecimentos,mas respeito quem tenta iluminar os dias, com ideias e atitudes, embora os resultados não se justifiquem por atitudes ou ideias, e nem, pelo acaso, sorte ou acidentes. Os resultados são os mais variados . Percebo a morte como uma luz que se ascende nos ajudando a lidar com uma existência limitada por muitas dúvidas. Sendo assim, se a vida é escuridão e dúvidas, somos movidos pelo prazer de desvenda-la, cada um toma o seu posicionamento e segue seu rumo. Rumo a morte e a luz. Passamos a refletir então sobre como se chega a morte e a causa de alguns bons homens terem morrido de maneira tão inexplicável.
foto e reflexão: gabriel rufo
Daqui de dentro vejo você e grito, curioso!
Pare de me olhar
Não vejo nada, apenas imagino a cama arrumada.
Curiosidade!
foto e texto: gabriel rufo
Chocolate e Maracujá! O nome do casal namorando na praça, em pleno domingo.
foto: gabriel rufo
O caminho sempre foi Nossa Senhora! Gritou a moça da janela. Todos olharam com atenção. Passagem elevada para pedestres.
reflexão e foto: gabriel rufo
auto-retrato, matriz de xilogravura: gabriel rufo
Circulando
minhas roupas desbotadas
minha carteira vazia
Sou aquele que está a começar sempre, circulando, sem chegar a lugar algum
Sou aquele que se arruma, circulando, pois não tenho perfume que te agrada
minha cara marcada
minha alma cheia
Sou aquele com tantas dificuldades, circulando, e tendo ideias que não se concretizam
Sou aquele com tantas qualidades, circulando, e tendo o tempo que não permite um chão
minha cara marcada
minha alma cheia
Liberto te de meu amor, pois voar em circulo é algo para mariposas.
Texto: Gabriel Rufo
auto-retrato, matriz de xilogravura
ENTRE!
Na minha vida, entre os dentes como fiapos da mais doce manga. Pego-te no último galho com a mão esquerda, segurando com as pontas dos dedos da mão direita no tronco dessa árvore. São muitas mangas, mas você esta no alto e em sua pele o sol adocica a sua carne. Prega-me no céu da boca o sumo e nas narinas o aroma de sua juventude. Basta conhecer-te para desejar-te, e toca-la assim como a luz do sol.
reflexão: gabriel rufo
28 de fevereiro de 2015
Reflexão sobre muitas coisas pra fazer
“Correndo atrás de vários coelhos, acabei caindo de costas no chão de terra. Olhei para o céu e me dei conta da ambição lúdica. Quase toquei a enorme nuvem, um coelho gordinho. Levantei e continuei correndo.”
gabriel rufo
O SINO
São João del Rey, Prados e Ritapolis
pedra-sabão, ouro, mamão
a luz na bela horta
a cruz na porta torta
a sina!
na terra do sino, sou eu de soar
como um tambor de rufar
rufo enquanto badala o sino
nessas três cidades
toca três vezes e repete
loucos, ávidos e orgulhosos
se misturam com o meu rufar
que caminha lentamente
mostrando quem sou
na terra do sino
sou eu se soar
cumpro a minha sina
texto: gabriel rufo
01-01-2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário